Pela média mundial, o consumo per capita de carnes – da ordem de 34,1 kg per
capita na média do triênio 2019/2021 – deve alcançar, no início da próxima
década volume em torno dos 35,6 kg, aumentando pouco mais de 4% em relação
ao triênio-base.
Apenas um continente – o mais populoso, a Ásia – tende a registrar aumento
acima da média, algo próximo de 4,5%. América Latina e Caribe vêm na sequência,
com incremento de 1,6%, enquanto na Europa a expansão de consumo não deve ir
além de meio por cento. Ou seja: um desempenho melhor que o previsto para
América do Norte, Oceania e África, em relação aos quais são apontadas
retrações (de, respectivamente, 0,01%, 1,62% e 1,06%).
Como os padrões praticamente não se alteram, as diferenças brutais no consumo
(tão criticadas pela FAO) persistirão. Assim, por exemplo, o consumo per capita
da América do Norte, já próximo dos 100 kg, continuará sendo quase oito vezes
maior que o da África, pouco superior a 12 kg per capita.
Ainda pela média mundial, a carne de frango manterá a liderança de consumo
hoje alcançada e, em 2031, responderá por cerca de 41% dos 35,6 kg previstos.
A carne suína ficará com 34%, a bovina com perto de 20% e a ovina com os
(quase) 5% restantes.
Em termos continentais, apenas na Europa e na Ásia o consumo per capita
de carne de frango continuará inferior ao da carne suína. Mas os cerca de
13% e 10% a menos dos europeus e asiáticos permanecerão compensados nos
demais continentes. Especialmente nas Américas e na África – regiões onde
o consumo per capita de carne de frango deve superar o de carne suína em
120% (América do Norte), 210% (América Latina e Caribe) e perto de 450%
(continente africano).
Para atender esse consumo, OCDE e FAO estimam que serão necessárias pouco
mais de 377 milhões de toneladas de carnes, das quais (valores arredondados)
154 milhões serão de carnes avícolas (essencialmente, de frango), 129 de
carne suína, 76 de carne bovina e cerca de 18 de carne ovina.
- Fonte: PecSite