O crescimento contínuo do agronegócio desde 1986 está transformando a paisagem econômica do Brasil. O Centro-Oeste, outrora uma pequena participação no PIB, está emergindo e é uma potência econômica graças aos investimentos agrícolas. Desde que o IBGE começou a divulgar os dados trimestrais do PIB, o agronegócio nunca deixou de superar o crescimento de outras indústrias no país. Esta injeção de capital está reduzindo a desigualdade social, medida pelo índice de Gini.
Recentemente, o Centro-Oeste ultrapassou o Sudeste no indicador de rendas do trabalhador e pode em breve superar a região Sul, de acordo com economistas. O agronegócio não apenas gerou riqueza, mas também teve um impacto significativo em estados com pequena participação no PIB. Segundo a MB Associados, Mato Grosso pode ver um crescimento de 782% desde 1986, e Mato Grosso do Sul também está entre os cinco estados com maiores aumentos, com uma alta de 307%. Estados do Norte também se beneficiaram, com o Amazonas impulsionado pela Zona Franca de Manaus e Roraima e Amapá atraindo migrantes latino-americanos.
Essa tendência está descentralizando a produção de riqueza, enfraquecendo o Sul e o Sudeste enquanto o Centro-Oeste ganha peso econômico. Isso não é apenas uma situação pontual, mas o resultado de mudanças profundas e progressivas. A melhoria nos índices sociais, expectativa de vida, saúde e educação no Centro-Oeste está se aproximando rapidamente da região Sul. O índice de Gini do Centro-Oeste pode até superar o do Sul até o final da década, tornando-se o mais baixo do país.
Esses desenvolvimentos podem exigir uma revisão dos fundos constitucionais de financiamento, inicialmente criados para ajudar no desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O Centro-Oeste não é mais uma região economicamente desfavorecida, mas sim uma força ascendente que está redefinindo a economia brasileira.
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Fonte: Economia e Negócios