Brasil no Agro global – Foto: FGV -Fundação Getúlio Vargas
O Brasil no Agro Global
A equipe da Scot Consultoria participou do webinar “O Brasil no Agro Global” realizado em parceria entre o Insper Agro Global e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), em 18 de novembro de 2021.
O webinar foi realizado para lançamento do livro “O Brasil no Agro Global”, que tem como objetivo o debate sobre a inserção internacional do Brasil e a formulação de políticas para o agronegócio em nível global.
O livro está disponível gratuitamente.
Para o debate estavam presentes:
– Alexandre Peña Ghisleni, diretor do Departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores;
– José Alfredo Graça Lima, embaixador, ex-chefe das negociações comerciais do Brasil e vice-presidente do conselho curador do CEBRI;
– Julia Dias Leite, diretora-presidente do CEBRI;
– Márcio Rodrigues, gerente de agronegócios na Apex-Brasil;
– Marcos Jank, coordenador do Insper Agro Global e do Núcleo Agro do CEBRI e um dos organizadores do livro;
– Marcos Lisboa, presidente do Insper.
O livro traz um panorama da presença do Brasil no agro, mostrando a amplitude do Brasil no agronegócio e como se comportam as exportações brasileiras, considerando as regiões do mundo e produtos. Elaborado por 34 autores, entre pesquisadores do centro e colaboradores do governo, o material produzido contém textos sobre nove macrorregiões importantes para o agronegócio brasileiro.
O Brasil é diversificado em destinos e produtos, apesar das concentrações das exportações para Ásia e China, que respondem por 6 a 7% das exportações mundiais. Nesse contexto, o livro aborda pontos relevantes para as comercializações, como:
– Problemas e importância da comunicação e imagem do Brasil e dos seus produtos no exterior, principalmente com relação à questão ambiental e geopolítica em um mundo polarizado;
– A agenda ambiental e climática, dando atenção de como trabalhar de modo a evitar prejuízos à inserção brasileira no mercado internacional;
– Diversificação de mercados e adição de valor aos produtos exportados, buscando desenvolver negociações com mais regiões;
– O maior acesso a mercados, principalmente com relação a barreiras não tarifárias;
– O combate a práticas protecionistas distorcivas;
– Melhoria da política de atração de investimentos;
– Retomada da política comercial;
– Esforços na coordenação estratégica público-privada na promoção de produtos.
As microrregiões contempladas no material são:
– EUA e Canadá: grandes concorrentes brasileiros. Entretanto, há espaço para exportar para essas regiões, principalmente para os EUA.
– América Latina: tem sido notada uma diminuição do share com a região, entretanto foi o setor onde o Brasil mais abriu mercado nos últimos 2-3 anos.
– Europa: nota-se uma dificuldade crescente devido ao protecionismo, e temos perdido share, com um grande problema de comunicação e imagem.
– Oriente Médio: enorme potencial de expansão nas negociações em detrimento da necessidade de alimentos.
– Rússia: tem se tornado um concorrente brasileiro potencial, mas cabe a ressalva da boa relação diplomática com país.
– China: maior mercado, mas ainda falta consolidar o Brasil como um fornecedor confiável e regular.
– Sul da Ásia e África SSA: regiões com grande potencial de crescimento populacional, assim, é importante que o Brasil amplie as exportações e negociações para a região.
– Sudeste Asiático: com demanda crescente há grande oportunidade para ampliar presença na região.
No contexto em que vivemos, em que o agro é o setor mais internacionalizado da economia brasileira, ainda há um déficit de compreensão dos aspectos a serem melhorados, com necessidade de refinar a forma de atuação.
Fonte: scotconsultoria – por Amanda Skokoff *Analista de mercado da Scot Consultoria