De acordo com um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o PIB do agronegócio brasileiro apresentou uma queda de 1,28% no segundo trimestre de 2024. Com esse resultado, o setor acumula uma retração de 3,5% no ano. Esse desempenho negativo é atribuído à queda no valor bruto da produção, pressionado pela diminuição dos preços dos produtos e uma produção reduzida.
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O segmento agrícola foi o mais afetado, com uma retração acumulada de 5,1% no primeiro semestre de 2024, após um recuo de 1,22% no segundo trimestre. Os insumos tiveram o maior impacto negativo, seguidos pelos serviços e pelas atividades primárias. No caso dos insumos, os pesquisadores do Cepea destacam a queda de 16% a 17% nos preços dos fertilizantes e corretivos do solo em comparação com 2023, quando esses insumos atingiram preços recordes. Com a retomada das exportações russas, a oferta global aumentou, puxando os preços para baixo, apesar de a produção ter se mantido estável.
No setor pecuário, o impacto foi mais moderado, com uma redução de 1,2% no segundo trimestre, enquanto o acumulado do ano mostra uma leve alta de 0,5%. O crescimento no setor pecuário se deve ao aumento da produção registrado em 2024, o que amenizou as perdas.
A expectativa para o final de 2024 é que o PIB do agronegócio brasileiro alcance R$ 2,5 trilhões, com R$ 1,74 trilhão vindo da agricultura e R$ 759 bilhões do setor pecuário. Caso essas projeções se confirmem, o agronegócio representará cerca de 21,8% da economia brasileira, uma queda em relação aos 24% registrados em 2023, sinalizando uma redução da participação do setor na economia nacional.
Fonte: CBN