Em um episódio chocante, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), declarou ousadamente que, se fosse participar do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), “erraria” em questões que foram duramente criticadas pela bancada ruralista no Congresso Nacional.
As polêmicas abordaram fatores negativos do agronegócio no Cerrado, mencionando a “superexploração dos trabalhadores” e as “chuvas de veneno”; discutiram a nova corrida espacial financiada por bilionários e suas perspectivas; e analisaram o avanço da cultura da soja e o desmatamento na Amazônia.
“Se eu estivesse fazendo a prova, eu iria errar umas duas ou três questões porque eu vivo e sei a qualidade de vida, eu sei o desenvolvimento que o agro é para essas regiões. Eu teria errado a resposta que eles consideraram certa”, afirmou o ministro, desafiando abertamente as perguntas do ENEM.
Apesar da confissão, Fávaro defendeu o governo, alegando que “professores renomados” são responsáveis pela elaboração das questões. Quando questionado se o erro estaria na resposta que daria ou na avaliação do Inep, o ministro desconversou, sugerindo que a responsabilidade é do avaliador.
O ministro também citou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que teria divulgado números indicando que menos de 2% dos produtores brasileiros cometem crimes ambientais. “Mais de 98% dos produtores brasileiros têm boas práticas de sustentabilidade”, afirmou, destacando o desenvolvimento das regiões agrícolas.
Diante da repercussão, Fávaro desdenhou de fazer avaliações ou mediações para resolver a insatisfação da bancada ruralista, afirmando que não é sua atribuição ser “comentarista de prova do ENEM”. Resta saber como esse escândalo impactará o já controverso debate sobre o papel do agronegócio no Brasil.
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Fonte: G1