Desembarcando na Índia nesta segunda-feira, 30, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, lidera uma comissão dedicada a abrir novos mercados e participar da World Food Nova Delhi até 5 de novembro. Enquanto isso, em São Paulo, agricultores, varejistas e especialistas da fruticultura se reúnem para discutir a relação entre frutas e exportações. Um tema essencial em ambas as discussões é a certificação, com a Global G.A.P. sendo o selo de maior relevância para produtores rurais brasileiros, presente em 130 países.
Apesar do Brasil ter atingido um recorde de faturamento de US$ 1,6 bilhão em 2022, a quantidade exportada é considerada pequena em comparação com o potencial de crescimento. Países vizinhos como Peru e Chile alcançam US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões em faturamento, respectivamente. Educar os produtores sobre a importância da certificação tornou-se crucial, especialmente devido às exigências rigorosas da Europa em relação aos resíduos químicos nas frutas. O processo de certificação não apenas garante a qualidade do produto, mas também abre portas para mercados mais lucrativos.
No entanto, a certificação é apenas uma parte do desafio. Questões logísticas também afetam as exportações de frutas brasileiras, com cerca de 90% das exportações ocorrendo pelo modal marítimo. Problemas em portos e aeroportos, falta de fiscalização adequada e até mesmo a ausência de tomadas para manter as frutas refrigeradas são algumas das dificuldades enfrentadas. Além disso, a rastreabilidade da produção agrícola, cada vez mais demandada pelos consumidores e mercados externos, está se tornando um requisito crucial. A rastreabilidade não apenas aumenta a transparência, mas também contribui para a redução de custos, melhorando a gestão e organização dos processos agrícolas.
A diversificação de mercados também é uma estratégia essencial para os produtores brasileiros. Embora o país seja o terceiro maior produtor de frutas do mundo, ocupa apenas o 24º lugar em exportações. Para enfrentar esses desafios, é essencial que os produtores se certifiquem, adotem práticas de rastreabilidade e melhorem a logística para garantir um futuro mais próspero para a fruticultura brasileira no mercado internacional.
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Fonte: Exame