A semana foi de reviravoltas e expectativas no mercado agrícola internacional, com destaque para a valorização da soja e a queda do café. Os números e projeções impactaram as bolsas de commodities, refletindo as mudanças nas perspectivas de oferta e demanda.
A soja, um dos principais produtos agrícolas do Brasil, iniciou a semana em queda na bolsa de Chicago, mas terminou com um aumento de 1% na CME. Essa alta foi impulsionada pela redução da expectativa de colheita brasileira para 147 milhões de toneladas, levando os investidores a reavaliar o cenário de oferta global.
Enquanto isso, o milho apresentou oscilações ao longo da semana, com uma queda significativa na quinta-feira, seguida por uma recuperação parcial. Já o trigo teve um desempenho negativo, encerrando a semana com uma queda de 1,5%. O terceiro cancelamento de importação de trigo dos Estados Unidos pela China contribuiu para a pressão sobre os preços, totalizando 240 mil toneladas não vendidas.
No mercado de café, a queda de preços foi observada em Nova York, atribuída à grande quantidade de café disponível nas mãos dos produtores. Por outro lado, o cacau continuou batendo recordes históricos, impulsionado por problemas de seca em países como Gana e Costa do Marfim.
No setor de açúcar, os preços avançaram com preocupações sobre as novas safras do Brasil e Índia, além de ajustes técnicos após quedas anteriores. Enquanto isso, a China autorizou a importação de carne de mais 38 frigoríficos brasileiros, resultando em uma valorização significativa das empresas do setor na bolsa.
No Brasil, a empresa de agronegócio Marino Coupo planeja dobrar sua participação no mercado de sementes, enquanto a Receita Federal lançou a terceira fase da operação Dagon, visando combater esquemas de sonegação fiscal. Além disso, as chuvas de março comprometeram a produção de mamão e alface, enquanto a Brasil Agro enfrenta desafios em suas propriedades na Bolívia.
Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou o desejo de tornar o Brasil autossuficiente na produção de fertilizantes, questionando a dependência do país desse insumo essencial para a agricultura.
Fonte: Jovem Pan